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SAÚDE PÚBLICA
Comitê traça estratégias para evitar surto da dengue em RO

Data da notícia: 2016-11-08 11:45:13
Foto: Ítalo Ricardo
Técnico da Agevisa apresenta dados sobre avanço da dengue nos municípios rondonienses

(Da Redação) O estado de Rondônia registra um aumento de 196,47% em notificações de casos de dengue, em relação ao mesmo período do ano passado. De março a outubro deste ano foram registradas 13.682 notificações, contra 4.615 em 2015. Também há crescimento em casos confirmados: até outubro, 4.296 casos da doença foram confirmados no estado. Em 2015, foram 1.351 casos positivos.

Os dados são do setor de estatísticas da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e foram apresentados nesta segunda-feira (7), durante reunião do Comitê Estadual de Combate à Dengue, realizada na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), em Porto Velho.

Na pauta, ações estratégicas e preventivas para conter o avanço da doença em todos os municípios de Rondônia. Foram debatidos temas como: ações de controle planejadas para o período considerado crítico, o cenário da dengue, zika e chikungunya, as dificuldades dos municípios, entre outros assuntos.

De acordo com a diretora-geral da Agevisa, Maria Arlete Baldez, um dos objetivos de todos os comitês de combate à dengue, em todo o país, é trazer para compor a força-tarefa órgãos ligados ao meio ambiente. A proposta foi apresentada em Brasília, no início de outubro deste ano, durante reunião com técnicos do Ministério da Saúde (MS).

Eles vão atuar na fiscalização de ações de recolhimento de pneus ? maioria é descartada de forma errada, passando a ser criadouro do mosquito -, fiscalização na exposição e coleta de lixo, orientando a população a retirar o lixo para a frente das casas apenas nos dias confirmados de coleta em cada bairro.

De acordo com Arlete Baldez, os órgãos de meio ambiente atuariam ainda na fiscalização de esgoto, além de fazer contato com empresas que trabalham com reciclagem de pneus.

Nos Municípios
Baldez afirmou ainda que a maioria dos municípios não vem fazendo o dever de casa no controle ao vetor, visita casa a casa, entre outras ações definidas pelo comitê. Um dos problemas enfrentados é a falta de agentes de combates a endemias (ACE).

Além da falta de pessoal, os que estão na ativa estariam se recusando a fazer o trabalho alegando risco de contaminação pelo inseticida malathion. De acordo com Arlete Baldez, os ACE de várias cidades alegam que não podem levar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) ? já distribuídos pelo governo de Rondônia -, para lavar em suas casas. A operação poderia contaminar seus familiares.
Sid Orleans, membro do comitê, disse que a determinação do Ministério da Saúde é para que o EPI seja lavado ? em máquinas comuns ? no próprio local de trabalho do ACE, já que o malathion é diluído em água e a possibilidade de contaminação com resíduos que possam ficar nos equipamentos é mínimo.

Para proteger os servidores, o estado realiza a cada três meses, exame para medir a taxa de colinesterase plasmática. Caso haja alteração na taxa orientada pelo Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), o servidor é transferido para outras funções até o fim do tratamento.

Sid informou ainda que há grande resistência dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de realizar as visitas domiciliares para identificar e notificar às secretarias municipais de saúde sobre possíveis criadouros de mosquitos.

Alerte Baldez informou que o governo de Rondônia já adquiriu toda a cota necessária para o controle vetorial com pulverização de inseticida, tanto nas viaturas com bombas acopladas, compradas e entregues às prefeituras, quanto nas operações de campo onde é usada a ?bomba costal? ? equipamento de pulverização afixado na costa do ACE. No total, 20 mil litros de malathion foram entregues para atender às cidades.

Fonte: Zacarias Pena Verde ? Assessoria






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